Ilha mais perigosa do mundo.
Ilha mais perigosa do mundo.

A Ilha mais perigosa do Mundo: Ilha Queimada Grande

Você já ouviu falar da Ilha Queimada Grande, também conhecida como a “Ilha das Cobras”? Este lugar intrigante, localizado a 35 km do litoral de São Paulo, é considerado o maior serpentário natural do mundo. No entanto, a fama desta ilha vai além da sua população de serpentes, tornando-a conhecida como a ilha mais perigosa do mundo.

História e Lendas

Ilha Queimada Grade: A Ilha mais Perigosa do Mundo
Ilha Queimada Grade: A Ilha mais Perigosa do Mundo. Foto: João Marcos Rosa Gabriel Schulz.

A ilha recebeu o nome “Queimada Grande” devido a uma prática peculiar dos pescadores do passado. Ao chegar à ilha, eles usavam fogo para afastar as serpentes e garantir um desembarque seguro. Essa medida extrema reflete o medo instilado pela presença massiva das jararacas-ilhoa, uma espécie peçonhenta exclusiva da região.

A história da ilha é repleta de lendas, contribuindo para sua reputação perigosa. Uma delas conta sobre uma família que, em 1920, foi viver na ilha para cuidar do farol. Após alguns meses, foram encontrados mortos sem explicação aparente. Dizem que ainda é possível ouvir a risada da filha do casal, ecoando na ilha.

A Vida Selvagem Única da Ilha

Serpente. Foto: Divulgação.

Apesar da aparente hostilidade, a Ilha Queimada Grande desempenha um papel crucial na preservação de diversas espécies ameaçadas. A jararaca-ilhoa, em particular, é alvo de biopirataria, colocando em risco sua existência. Essa serpente, adaptada ao ambiente insular, é menor e mais leve que suas parentes continentais, possuindo características únicas para a sobrevivência.

Além das serpentes, a ilha abriga a dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande, cerca de 30 espécies de aves, incluindo a corruíra, três espécies de anfíbios endêmicos, três tipos de lagartos, duas espécies de cobras-cegas e impressionantes 70 espécies de aranhas catalogadas.

Perigos e Preservação

O acesso à Ilha Queimada Grande é restrito, exigindo autorização, e apenas a Marinha tem permissão para entrar. Essa medida visa proteger tanto as espécies únicas quanto os visitantes, desencorajando a biopirataria e preservando o ecossistema delicado.

Infelizmente, a jararaca-ilhoa está criticamente ameaçada de extinção, de acordo com a IUCN e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A prática ilegal de retirar exemplares da ilha para o comércio clandestino representa uma ameaça séria, destacando a importância de medidas rigorosas de conservação.

Conclusão

A Ilha Queimada Grande permanece envolta em mistérios e lendas, mas também desempenha um papel vital na preservação da vida selvagem. Seu isolamento e inacessibilidade ajudam a proteger não apenas as serpentes exclusivas, mas uma variedade de espécies em risco. Embora seja considerada a ilha mais perigosa do mundo, sua periculosidade é, de certa forma, um apelo para que a deixemos intocada, permitindo que a natureza prospere em seu próprio ritmo, longe da interferência humana.

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